A pandemia de COVID-19 causou uma transformação significativa em diversos setores, e o transporte não foi uma exceção. Com o distanciamento social e as novas regras de segurança, muitas pessoas mudaram a forma como se locomovem, com a implementação do teletrabalho, o aumento do delivery e uma redução significativa no uso de transporte público. Ernani Rezende Kuhn, especialista em mobilidade urbana, analisa como esses fatores alteraram os hábitos de transporte e o que pode permanecer no pós-pandemia.
O teletrabalho, que se tornou uma prática comum durante a pandemia, foi um dos maiores responsáveis pela diminuição da demanda por transporte público. Ernani Rezende Kuhn explica que, com a adoção do home office, muitas pessoas passaram a deixar de se deslocar para os escritórios, reduzindo a necessidade de transporte diário. “O teletrabalho não só diminuiu o uso do transporte público, como também trouxe uma maior flexibilidade para os trabalhadores, permitindo que muitos optassem por meios de transporte mais sustentáveis e menos movimentados”, afirma Ernani Rezende Kuhn, sobrinho de Márcia.
Além disso, o aumento do delivery foi uma mudança significativa no setor de transporte durante a pandemia. Com o fechamento de muitos comércios e a necessidade de evitar deslocamentos, o serviço de entrega de alimentos e produtos se expandiu enormemente. Ernani Rezende Kuhn observa que as entregas passaram a ser uma alternativa essencial para que consumidores acessassem produtos sem sair de casa, o que também afetou a demanda por transporte. “O setor de delivery experimentou um crescimento explosivo, exigindo mais veículos de entrega e influenciando diretamente a logística urbana”, explica Ernani Rezende Kuhn.
O impacto mais evidente, porém, foi a queda no uso do transporte público. O medo de contágio, a redução de ocupação nas ruas e a adoção do home office contribuíram para uma diminuição do número de passageiros. Ernani Rezende Kuhn explica que as autoridades de transporte enfrentaram uma grande diminuição na receita, o que levou muitas cidades a repensarem suas estratégias de operação e a implementar novas formas de atendimento, como a ampliação de horários e a instalação de barreiras físicas para proteção dos passageiros. “Embora o transporte público tenha sido crucial durante a pandemia, a redução de passageiros exigiu que governos repensassem os modelos de operação para garantir a segurança e a viabilidade econômica”, diz Ernani Rezende Kuhn.
Além das mudanças no uso do transporte, a pandemia também acelerou a adoção de tecnologias que ajudaram a reorganizar a mobilidade urbana. O uso de aplicativos de transporte, sistemas de pagamento sem contato e novas formas de mobilidade individual, como bicicletas e patinetes elétricos, se tornaram ainda mais populares. Ernani Rezende Kuhn destaca que essas soluções tecnológicas contribuíram para a flexibilidade do transporte, permitindo que as pessoas se deslocassem de maneira mais segura e eficiente. “A pandemia acelerou o processo de digitalização e inovação no setor de transporte, o que pode trazer mudanças permanentes na forma como nos movemos nas cidades”, afirma Ernani Rezende Kuhn.
Em resumo, a pandemia alterou profundamente os hábitos de transporte em várias partes do mundo. Como Ernani Rezende Kuhn observa, o teletrabalho, o aumento do delivery e a redução do uso de transporte público foram algumas das mudanças mais significativas. Agora, com a recuperação das atividades, será importante avaliar como essas mudanças podem continuar influenciando a mobilidade urbana e como as soluções de transporte devem se adaptar a essa nova realidade.